quarta-feira, 30 de setembro de 2015

HOMENS X HISTÓRIA






       Homens pedaços de vida que se entrelaçam e lutam e sofrem.
Alguns surgem rápidos como relâmpagos nos céus em noites de tempestades, depois desaparecem. Perpetuam-se pela bondade ou pela maldade.
        Homens que optam pela obscuridade tornando-se minoria.
Optam pela vida e abraçam a marginalidade social e pela miserabilidade tornam-se comuns.
       Optam pelo berço explêndido e tornam-se corruptíveis.
Todos vindos contudo, de um mesmo Pai e tem a mesma natureza original da terra-mãe.
      Tornam-se uma mesma massa compacta e diferenciada com um só nome: povo. Seus feitos são enaltecidos, reverenciados ou condenados.  Lembrados na noite da História e contados nos dias claros de sol.
    Estranhos ditos populares que revelam a face mascarada da separação contida numa Babel humana que séculos não destroem, num misto de passado-presente-futuro, porque iguais;  porque vividos por gente que busca um porto seguro, um paraíso onde  se nasce para ser feliz, não prá morrer de fome. ,


sábado, 10 de abril de 2010

FRACASSO E SUCESSO



   O desanimo provoca o fracasso; a teimosia e a perseverança marcam os vitoriosos. E depois ninguém tem compromisso com o sucesso, pelo menos a curto prazo; temos compromisso com a luta.
   O fracasso significa não que seja um perdedor,
significa que você ainda não chegou lá...
   O fracasso não significa que foi um idiota ao tentar,
   Significa que foi corajoso em tentar...
   O fracasso não significa que não realizou nada,significa que você conseguiu
aprender alguma coisa.
   O fracasso não significa que deve abandonar tudo...
   Significa que você tem que continuar,
apenas de uma forma diferente.
   O fracasso não significa que seja inferior...significa que você não é perfeito.
Ninguém é!
   O fracasso não significa que você desperdiçou sua vida...significa que você tem uma razão para começar tudo de novo.
   O fracasso não significa que deve desistir... significa que você deve recomeçar com mais entusiasmo e determinação.
   O fracasso não significa que você jamais chegará lá... apenas que levará um pouco
mais de tempo para chegar lá.
   O fracasso torna-se sucesso toda vez que aprendemos com ele, pois o fracasso é o outro lado da moeda que utilizamos no jogo de nossa própria vida.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mensagem de Natal


Um ano chega ao seu final
Um momento de reflexão surge
Neste crepúsculo de mais um tempos
O que fizemos, fizemos,
O que não se fez, ainda dá tempo
Aproveitemos pois, o tempo que virá
para realizar tudo o que ficou para trás
sem a oportunidade de ser feito;
para nos refazermos de coragem e boa vontade
para reiniciar a caminhada de realizações,
de fé e de amor e aos nossos semelhantes.

E que tenhamos todos um FELIZ NATAL




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

UM IRMÃO ALÉM DO ALÉM


O mundo das lembranças é belíssimo. Não sei se no cérebro ou se no coração, ou em algum lugar na infinitude de nosso ser. Guardamo-las como se em nossas entranhas houvesse inúmeras gavetas e nelas guardassemos pessoas inteiras, como num arquivo onde se guarda papeis para na necessidade, buscá-los.

Numa dessas gavetas internas guardei você. Hoje ressuscito-lhe ao meu bel prazer.

Penso-lhe alto, moreno, cabeleira preta e cheia, olhos grandes e vivos. Vaidoso, cônscio da beleza masculina que possuía. Sempre vestido de branco. Calças no estilo sanfona, como era o costume da época. Cabelos à base de vaselina ( o gel de hoje), alegre e sempre com um sorriso nos lábios, senhor de um bom humor e de brincadeiras intermináveis. Grande dançarino e " um puto " mulherengo, todas sempre às voltas dele. Trabalhador e enrolão, numa mistura de baiano e carioca. Afetivo e sonhador.

Para quem ele gostava, muitos sonhos tinha. Parece-me que era eu uma das pessoas que ele mais amava, pelo carinho que para comigo tinha e com o qual sempre me observava ( e foi minha primeira e única babá).

Não era dado a igrejas, mas alguns fenômenos espirituais com ele acontecia.

A ele devo muito espiritualmente. Tinha um grande senso de liberdade e quando as prisões emocionais ocorriam, principalmente no plano materno, simplesmente fugia, levando sobre o corpo toda a roupa que podia, vestindo-as umas sobre as outras.

Acostumado a pernoitar fora, só depois de três ou quatro dias de ausência é que se notava a fuga.
Graças a elas metade do país conheceu.

Em uma dessas viagens, não mais voltou. Deixou no vazio a satisfação de tê-lo guardado na lembrança, a alegria da presença bem humorada, que mesmo nas situações dificeis uma tirada satírica de humor fazia, relevando o drama a uma simples piada.

Partiu simplesmente e nunca mais aqui voltou...

Foi um grande amigo,um camarada, um irmão!

sábado, 26 de setembro de 2009

(IN)DESCULPA(VEL)


Há quanto tempo aqui não venho. Preguiça de caminhar.

Neste tempo a que distante estive um mundo de coisas aconteceram.

Fui. Voltei.

Foi e aqui já está.

Não importa muito o tempo, pois sempre há tempo prá caminhar.

E caminhamos o tempo todo até quando nos julgamos parados. Longe estamos mas até agora não passamos, pois dentro de alguém ficamos saracuteando ou esperneando-lhes os pensamentos . Ou estamos perto , mais tão perto que sem querer somos de um enjôo só e chateamos e entristecemos o momento.

Mas estava falando mesmo era de minha ausência...

Não fui muito longe pois como já dizia Saint-Exupéry, 'Não se vai mesmo muito longe quando se segue sempre para a frente...'

Estive por aqui mesmo, neste espaço de meu Deus. Sorri, brinquei, corri, parei, pensei. Pensei muito, bastante mesmo, mas não escreví nada. Selecionei tanto que fiquei de mão vazias, ou melhor, com o papel em branco.

Hoje porém, algo aconteceu. Algo muito bom que me fez sair da letargia e correr para o papel e escrever e escrever.

Num arroubo de emoção por estar aqui fazendo exatamente isso, quero dizer:

Eu me amo e amo muito você!

sábado, 25 de julho de 2009

O HOMEM QUE CONTAVA CAIBROS




Zeca era um grande filão de café dos vizinhos. Meio pão duro, tinha o hábito de visitar amigos sempre nas horas das refeições.

Dona Idalice - a vizinha do lado era sempre a preferida para o café da manhã. Todos os dias ia ele bater na porta de dona Idalice.

Não bastando o inconveniente da visita, o abusado ainda se achava no direito de exigir.

- Café quente, cumadi, pois muié e café só presta quente.

Certo dia, dona Idalice havia tirado o café do fogo bem na horinha que ele chega.

Cafézium na hora, hein cumadi Dalice? O cheirium tá do bom. Bota aí na caneca, vai...

Dona Idalice capricha naquele café que sai do bule sereno, sereno... nem fumaça sai de tão quente!

Zeca também tinha o hábito de tomar o café sorvendo tudo de uma vez só, num chupado barulhento que fazia até dó.

Nesse dia, porém, após beber o café como de costume, ele pára de repente, bota a caneca na mesa e fica a olhar para o teto onde as telhas eram sustentadas por caibros próximos uns dos outros.

- Oxente cumpadi Zeca, o que qui o sinhô tá óiando?

Então muito sério ele diz:

- Cumadi Dalice um amigo meu tinha o custome bastante istranho de de veiz im quando oiá pra riba e ficar contando os caibros da casa de quem lhe dava café.

Satisfeita a curiosidade Dona Idalice se volta para sua caneca de café e a leva a boca. Uma forte exclamação lhe escapa:

-Vige Maria qui café quente!

- Cumadi Dalice jura que não foi de propósito? Óia minha pobre língua (a língua do Zeca, coitada, toda despelada, vermelha feito um pimentão maduro, estava à mostra.).

Ainda três dias depois o Zeca falava com cuidado, comia com cuidado e principalmente tomava na casa do vizinho, café temperada com água para não correr o risco de voltar a contar caibros.