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sábado, 26 de setembro de 2009

(IN)DESCULPA(VEL)


Há quanto tempo aqui não venho. Preguiça de caminhar.

Neste tempo a que distante estive um mundo de coisas aconteceram.

Fui. Voltei.

Foi e aqui já está.

Não importa muito o tempo, pois sempre há tempo prá caminhar.

E caminhamos o tempo todo até quando nos julgamos parados. Longe estamos mas até agora não passamos, pois dentro de alguém ficamos saracuteando ou esperneando-lhes os pensamentos . Ou estamos perto , mais tão perto que sem querer somos de um enjôo só e chateamos e entristecemos o momento.

Mas estava falando mesmo era de minha ausência...

Não fui muito longe pois como já dizia Saint-Exupéry, 'Não se vai mesmo muito longe quando se segue sempre para a frente...'

Estive por aqui mesmo, neste espaço de meu Deus. Sorri, brinquei, corri, parei, pensei. Pensei muito, bastante mesmo, mas não escreví nada. Selecionei tanto que fiquei de mão vazias, ou melhor, com o papel em branco.

Hoje porém, algo aconteceu. Algo muito bom que me fez sair da letargia e correr para o papel e escrever e escrever.

Num arroubo de emoção por estar aqui fazendo exatamente isso, quero dizer:

Eu me amo e amo muito você!

segunda-feira, 16 de março de 2009

100 PALAVRAS


O mundo interior é cheio de vidas que insistem em vir à tona.

Quantas emoções, quantos olhares que nascem e duram apenas um segundo, deixando no exterior a sensação feliz de que a vida está valendo a pena...

Não, não se precisa de palavras para que o sentimento aflore, ademais, quantas palavras manifestam o vazio do coração! Enchemos por vêzes nosso mundo de frases feitas, orações completas que são facas de dois gumes, que se não ferem no momento que são pronunciadas, ferirão mais tarde...

Melhor deixá-las abandonadas, permitindo que, apenas o corpo fale.
Nossos órgãos de sentidos se encarregaram de manifestar tudo o que sentimo. Nossa visão torna-se aguçada, emitindo uma linguagem que ora se faz convite, ora se faz repreensão...

Nosso tato provoca sensações gerando reboliço, impulsionando forças de um vulcão. Nosso paladar se refaz num senso gustativo apurado para o novo alimento com sabor de mar, sabor ocre, sabor de paixão.

A audição ouve sons ininteligíveis, mas cheio de compreensão. Entendemos o silêncio como forma de canção.

Nossas narinas se dilatam para apreciar o cheiro do macho e da fêmea que se atraem num rico jardim de odores que transformam dois mundos em um só chão.

Dois corpos que se atraem e se transformam em apenas um. Duas metades que se encaixam. É o côncavo e o convexo numa perfeita união de impares contida na evolução do universo que, em harmônia e equilíbrio perfeito, se unem para completar a criação.

É a linguagem maior do amor; sem palavras, sem sonhos, sem futuro, porque o futuro é este instante. É o presente acontecendo entre nossas mãos...

...e é para viver o hoje que nascemos e estamos aqui!!!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

HERANÇA





SOMOS FILHOS DO AMOR, MAS NÃO SABEMOS AMAR.


Nosso Pai, o Amor, age diferentemente da carne, concretamente chamada de corpo. O corpo age enquanto necessidades, as quais confundimos com a nossa essência. Amamos tanto as necessidades que fazemos nossa vida fora do plano para a qual viemos parar aqui.

Somos amor, porém estamos nos distorcendo, nos deformando pelas necessidades: alimentação, educação, sexo, falta de moradia, de saúde, de espiritualidade. São necessidades básicas e em função delas nos envolvemos em uma luta desenfreada pelo ter. Ter coisas e cada vez mais para sermos vistos como vitoriososo na vida. Acumulamos bens, somos aplaudidos e elevados ao patamar de homens de visão e bem sucedidos. Perdemos a melhor parte da existência buscando caminhos para chegar a ter o troféu imprensa(dos) pela ambiçao que assumimos. Nessa caminhada vamos esquecendo de aprender a lição maior que deveríamos aprender quando nos matriculamos nesta escola.

Nossos pais-irmãos ao nos plantar aqui, estavam tão envolvidos no semear, que esqueceram de adubar a terra com o fertilizAmor, que nos imunizaria de passar pela infertilidade, pela secura e pela falta de sabor na vida. Constatamos depois de muitas dores de cabeça, muita gastrite, alguns enfartos, que tudo o que fizemos não passou de um engôdo, um grande engano! Fizemos tudo o que deveríamos para atingir a ápice, mas olhamos para o torre e perguntamos: Valeu?

Ficamos estarrecidos com a resposta do nosso íntimo: não, algo ficou sem execução. E sentimos então um grande vazio ao percebermos que fizemos tudo pelo ter que pouco de valor contém. Desejamos então trocar tudo por um pouco do ser. Sofridamente o ser está incompleto e o tempo se faz curto para a nova construção.

Olhamos para trás e vemos milhares de gente plantados como nós, companheiros nossos, caminheiros de uma mesma linha de tempo, dos quais não vimos o quanto eram belos os sorrisos, a sede de viver, a sinceridade do olhar e a expectativa na pergunta...Deixamos uma parte de nós guardada na gaveta e perdemos a emoção!

Não nos cativamos e nem nos deixamos cativar. Não amamos verdadeiramente nem nos deixamos amar. Só muito depois, quando os companhiros se vão é que sabemos o quanto o queríamos próximos, mas aí o tempo passou...

Somos amor , somos emoção.
O resto vira resto e pensamos que o resto era tudo.

Somos filhos do amor, mas precisamos aprender a amar.