quarta-feira, 30 de abril de 2008

Síntese do medo




Uma solicitação de email e uma resposta simples, lacônica e porém, complexa, imbuída de um sentimento que toma conta da maioria dos seres viventes neste planeta: o medo.

Parei no meio da noite e refleti sobre este sentir e me vi no meio da multidão, olhando se soslaio para os lados, segurando a bolsa fortemente, num medo meio absurdo, meio fora de hora e de contexto, ou talvez, repleto de todas as horas e nem tanto absurdo assim, num grito preso a garganta de ‘pega ladrão’ !
Continuo andando às pressas, atravesso a praça e compro um bilhete que irá realizar velho sonho. De repente uma angústia vai tomando conta de mim, minha pulsação se acelera e me vejo estática, com o imaginário solto, até dores sinto pelo corpo, o sangue jorrando na testa – é o acidente eminente que me assalta e me quedo com a passagem na mão...parada!
Parada mas com a cabeça a mil por hora, pois o futuro está bem ali, a minha frente, mas como ir adiante? O futuro é como um grande salto num vácuo tão profundo que não se enxerga o final. É o desconhecido, a incógnita e como chegar lá sem um arranhão, sem um safanão?

Tenho medo das sombras, das trevas, da escuridão. De onde me surgiu este pavor? Quando esses elementos me foram pela primeira vez apresentados? Não sei.

Tenho medo do diabo – esse malfazejo que povoa todos os meus pecados, castigando-me em nome de Deus.

Estou doente, muito doente. Melhor dizendo, estamos todos muito doentes. Sofremos de uma virose pragmática, disseminada ao longo do tempo: o medo.

Este vírus está em tudo e em todos, fazendo-nos prisioneiros de nós mesmos. Já não arriscamos nada, estamos inertes diante desta praga que assola nossa mente e nosso coração, impedindo-nos de estar prontos para a vida, então estamos mortos, lamentávelmente mortos em vida pois até de nós mesmos já temos medo. Quem ainda não ouviu pelo menos uma vez na vida alguém dizer: “ ...tenho até medo de mim mesma e do que sou capaz...”

É a violência que nos empurra para este abismo onde a percepção visual é anuviada nos impedindo um sentir intenso de que só nos libertamos no momento da descoberta de estarmos aqui, companheiros de estrada, vivendo coisas comuns e devendo ter medo apenas de sentir medo e injetando-nos assim deste antídoto, na nossa mente e no nosso coração, estaremos prontos para combater a epidemia do século – que mal se iniciou – o vírus do medo-NHO.


segunda-feira, 28 de abril de 2008

ÊXITO OU FRACASSO?



      
   São muitas as oportunidades para se criar relacionamentos e todas com fortes chances de êxito ou fracassos.
   Mas por quê isso? 
  Porque somos antes de tudo humanos e podemos ou não desenvolver o êxito em nossos relacionamentos amigáveis, fortalecidos em clima de sinceridade e confiança mútua, daquelas que sentimos vir de dentro ou além da nossa percepção. 
  Um relacionamento visceral é o ideal para vingar no futuro, onde o outro é sentido e percebido como "parte de seu", que fica - quando vai embora e se esvai num doce lamento em momento de tristeza. 
   Não se fala, mas se sente em demasia. O seu contrário se dá quando há a ausência das falas, do sentir. As ações se esvaindo de sentido e de verdades que mandam para bem distante todo o resquício do querer estar por perto. É notado até, de bem distante, o fracasso do relacionamento.
   Enquanto no relacionamento de êxito,  sempre desejarmos começar de novo, no de fracasso gostaríamos de passar uma borracha apagando-o para sempre da nossa história, apesar dele também ser uma fonte de enriquecimento pessoal.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

RESSURREIÇÃO



Uma luz vem em busca dos homens, mas onde estão os homens?

A luz desce a montanha, flores se abrem dando passagem ao ser divino.


Ontem eu os vi perambulando a vida.

Alguns dormiam o frio das mãos nas calçadas vazias...

Outros tinham a tigela vazia de solidariedade nas mãos.

Alguns gemiam suas dores em entranhas entorpecidas,

Outros cheiravam sua fome, confundindo sapatos com nariz

Em pequenos sacos de cola.

Alguns choravam um leito, uma injeção, um comprimido

Em portas de hospitais.

Outros esperavam o abraço paterno na solidão de orfanato

E o beijo filial na desolação de abrigos...

...ah, outros também saíam a bailar...

....a cantar lindas canções de amor e paz,

indiferentes em carros possantes,

em brindes intermináveis,

em diversidades de pratos

em mesas festivas para grandes comensais.


Uma luz desce a montanha

Estende seus raios e eles são de esperança:

Que o amor triunfe,

que todos sejam amados e acolhidos

para renascerem na terra pelo pão e pela paz.


Não esqueça a Ressurreição na calçada.

Não isole a Ressurreição nos abrigos.

Não abandone a Ressurreição nos orfanatos.

Ame a luz!

Ame o Amor!

Ame a energia criadora da fé e da esperança.

A luz desce a montanha para seu coração.


Faça a Páscoa ser diferente:

Nem ovinhos nem coelhinhos: JESUS!

O Cristo Ressuscitado ansioso pela

Sua cooperação na Construção da Vida!

domingo, 13 de abril de 2008

ANDANÇA (?)


Uma história de amor

Num simples olhar

Que mira ao longe

Num sorriso de fé na vida.

Ah, foi assim que eu cheguei

E como as flores do campo,

A todos deslumbrei e encantei!

Uma pequena história de amor vivi

E aos poucos, nem vi,

Cresci!

Para este amor continuar.

Agora estou deslumbrada...

Algo novo está pra chegar.

E com o novo que chega,

A história de amor vai continuar!

E meu olhar continua mirando ao longe

Para novos caminhar andar.

E meus amores irão comigo

Para onde Deus quiser me levar!

Meu olhar continua mirando ao longe

Continua...

...continua,

...continua

mirando ao longe!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O CAMINHO SE FAZ AO CAMINHAR


Caminhar sem pensar, apenas deixar que meus pés me levem adiante na busca incessante do tempo.

Passado?
Presente?
Futuro?

Sei lá.

Apenas busco o tempo para fazer,
refletir e replanejar e refazer,
numa constância de passos

ora leves ora pesados;
ora lentos ora rápidos,

na certeza de chegar...

Há sempre algum lugar
onde a harmonia e a felicidade seja possivel!