quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Transmutação




A transformação se opera no silêncio

e a realidade é uma nova forma de ilusão dos sentidos...

...e então tudo muda!

Do infinito de nós surge a transmutação

e somos os que não somos: um novo corpo,

um novo rosto, uma nova voz.

A diferença se faz igual, nova, única;

Mas também se faz diferente:

os novos sonhos,

o novo falar,

o novo sentir,

a nova visão de mundo

e uma nova sensibilidade a se aguçar.

A ressonância do pensar se propagando ao infinito

se unem criando uma imagem

resplandecente ao longe

cada vez mais perto de mim.

E te toco e te sinto amados seres

advindo de minhas entranhas,

energia primeira,

solta,

liberta,

que se aprisiona e me falas,

e me emocionas num doce enlevar:

“- És vida, és ainda vida,

Continue sempre a amar...”

2 comentários:

Ariane Rodrigues disse...

Muita linda a mensagem! Esse "transmutar" requer um outro olhar, um deslocamento interior, uma força adquirida na travessia da vida. Às vezes, traz um distanciamento, às vezes uma aproximação...Depende de onde se mira e para quem se mira...

Anônimo disse...

Fiquei feliz ao vê que continuas a escrever com a mesma propriedade de sempre.Poesias cheias de imagens ,refletindo a sua busca pela verdade e a existencialidade.