O mundo das lembranças é belíssimo. Não sei se no cérebro ou se no coração, ou em algum lugar na infinitude de nosso ser. Guardamo-las como se em nossas entranhas houvesse inúmeras gavetas e nelas guardassemos pessoas inteiras, como num arquivo onde se guarda papeis para na necessidade, buscá-los.
Numa dessas gavetas internas guardei você. Hoje ressuscito-lhe ao meu bel prazer.
Penso-lhe alto, moreno, cabeleira preta e cheia, olhos grandes e vivos. Vaidoso, cônscio da beleza masculina que possuía. Sempre vestido de branco. Calças no estilo sanfona, como era o costume da época. Cabelos à base de vaselina ( o gel de hoje), alegre e sempre com um sorriso nos lábios, senhor de um bom humor e de brincadeiras intermináveis. Grande dançarino e " um puto " mulherengo, todas sempre às voltas dele. Trabalhador e enrolão, numa mistura de baiano e carioca. Afetivo e sonhador.
Para quem ele gostava, muitos sonhos tinha. Parece-me que era eu uma das pessoas que ele mais amava, pelo carinho que para comigo tinha e com o qual sempre me observava ( e foi minha primeira e única babá).
Não era dado a igrejas, mas alguns fenômenos espirituais com ele acontecia.
A ele devo muito espiritualmente. Tinha um grande senso de liberdade e quando as prisões emocionais ocorriam, principalmente no plano materno, simplesmente fugia, levando sobre o corpo toda a roupa que podia, vestindo-as umas sobre as outras.
Acostumado a pernoitar fora, só depois de três ou quatro dias de ausência é que se notava a fuga.
Graças a elas metade do país conheceu.
Em uma dessas viagens, não mais voltou. Deixou no vazio a satisfação de tê-lo guardado na lembrança, a alegria da presença bem humorada, que mesmo nas situações dificeis uma tirada satírica de humor fazia, relevando o drama a uma simples piada.
Partiu simplesmente e nunca mais aqui voltou...
Foi um grande amigo,um camarada, um irmão!
Numa dessas gavetas internas guardei você. Hoje ressuscito-lhe ao meu bel prazer.
Penso-lhe alto, moreno, cabeleira preta e cheia, olhos grandes e vivos. Vaidoso, cônscio da beleza masculina que possuía. Sempre vestido de branco. Calças no estilo sanfona, como era o costume da época. Cabelos à base de vaselina ( o gel de hoje), alegre e sempre com um sorriso nos lábios, senhor de um bom humor e de brincadeiras intermináveis. Grande dançarino e " um puto " mulherengo, todas sempre às voltas dele. Trabalhador e enrolão, numa mistura de baiano e carioca. Afetivo e sonhador.
Para quem ele gostava, muitos sonhos tinha. Parece-me que era eu uma das pessoas que ele mais amava, pelo carinho que para comigo tinha e com o qual sempre me observava ( e foi minha primeira e única babá).
Não era dado a igrejas, mas alguns fenômenos espirituais com ele acontecia.
A ele devo muito espiritualmente. Tinha um grande senso de liberdade e quando as prisões emocionais ocorriam, principalmente no plano materno, simplesmente fugia, levando sobre o corpo toda a roupa que podia, vestindo-as umas sobre as outras.
Acostumado a pernoitar fora, só depois de três ou quatro dias de ausência é que se notava a fuga.
Graças a elas metade do país conheceu.
Em uma dessas viagens, não mais voltou. Deixou no vazio a satisfação de tê-lo guardado na lembrança, a alegria da presença bem humorada, que mesmo nas situações dificeis uma tirada satírica de humor fazia, relevando o drama a uma simples piada.
Partiu simplesmente e nunca mais aqui voltou...
Foi um grande amigo,um camarada, um irmão!
2 comentários:
Linda esta sua história.
Gostei da forma carinhosa e saudosa como a conta aqui.
Beijinhos
G.J.
Obrigada Gaspar.
Pelo comentário e pela visita.
Bjs
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