sexta-feira, 2 de maio de 2008

ODE AO AMIGO



E te foste, meu amigo e companheiro.

Não sei se por longas lutas,

ou cansado da vida,

ou se vencido pelo tempo.

E foste tão de repente..,

atrás de ti, tantas e quantas vozes...

umas gritavam, outras se calavam.

E foste aumentando as águas do rio,

que então, as faces inundaram.

Foste, meu amigo e companheiro,

dono das estradas empoeiradas do sertão.

O canto do Uirapuru,

o canto do Acauã soam baixinho,

é tristeza, é desalinho,

é saudade, é saudade.

Saudade da tua voz, dos olhos teus.

Na estrada feita pelos teus caminhos

soa fundo num murmurinho:

“...adeus vagabundo, adeus...

eu choro por que sou um dos teus...”

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