
E te foste, meu amigo e companheiro.
Não sei se por longas lutas,
ou cansado da vida,
ou se vencido pelo tempo.
E foste tão de repente..,
atrás de ti, tantas e quantas vozes...
umas gritavam, outras se calavam.
E foste aumentando as águas do rio,
que então, as faces inundaram.
Foste, meu amigo e companheiro,
dono das estradas empoeiradas do sertão.
O canto do Uirapuru,
o canto do Acauã soam baixinho,
é tristeza, é desalinho,
é saudade, é saudade.
Saudade da tua voz, dos olhos teus.
Na estrada feita pelos teus caminhos
soa fundo num murmurinho:
“...adeus vagabundo, adeus...
eu choro por que sou um dos teus...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário